segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Como facilitar a vida de um ateu.

kkkkkkkkkkkkkkk... me considero uma pessoa que sente a presença de Deus, mas de fato adoro uns questionamentos de ateus!!! Esse video é pra mostrar como todos tem um bom ponto..a diferença são de quais pontos nós partimos...acaba-se que a argumentação as vezes é uma coisa extremamente gratificante.. mesmo que não dê resposta alguma ^_^

Trecho do episódio 482 do 'Atheist Experience'. Estes caras são muito bons!!

Happiness is a warm gun. Or not.

Texto que cai como uma luva do blog http://freetim3.wordpress.com

Ok, deu a louca na blogueira! Não sei bem o motivo, mas ultimamente pedaços de letras de música têm parecido bons títulos para mim. Talvez seja minha falta de habilidade para nomear meus textos. Ainda bem que não sou a única a ter dificuldade com isso!

Quanto à música, é dos Beatles. E é bem legal. (Tenho um amigo que vai adorar isso… heheh!)
Estou escrevendo esse post porque em uma única semana fui “bombardeada” com questões de gente com “crise de felicidade”. Inclusive gente que queria saber como é que eu consigo ser feliz o tempo todo. A questão, na verdade, é que só tenho contato social quando estou bem. Quando não estou, estou inevitavelmente mal-humorada e simplesmente não quero ver nenhum ser-humano na minha frente, a não ser aquele que possa resolver o meu problema. Engraçado que quando há alguém que possa resolver o problema, é a última pessoa que encontro… Normalmente os solucionadores costumam ser um remédio pra cólica ou um café.

Bom, é evidente que não dá para ser feliz o tempo todo. Mesmo nos meus melhores momentos, continuo sendo um ser das cavernas pela manhã, antes de me alimentar (a comunicação se reduz a grunhidos e se eu for contrariada, podem virar rosnados e, quem sabe, um ataque de garras de dentes… é divertido, quer tentar? xD). E tenho TPM, cólica, computador que dá pau, internet que não funciona, mil coisas pra fazer num dia curto e absolutamente nada num dia longo.

"Summer of Happiness" by Bloddroppe
Mesmo com tudo certo, as pessoas se chateiam, se obrigam a aturar quem não gostam para manter o ambiente escolar/familiar/do trabalho suportável, se atulham de trabalho e não conseguem dar conta, fazem coisas erradas, levam bronca, fazem coisas certas e ninguém reconhece quando se quer reconhecimento. Fica doente, dá uma topada e quebra o pé. Briga com o cônjuge (fica/namorado/noivo/esposo/amante). Briga com a mãe, o pai, os amigos. Vê filme ruim. Todo dia acontecem coisas que nos deixam chateados, tristes, com raiva, de mal-humor… A culpa às vezes é nossa, às vezes não. A questão é: você vai realmente perder um dia inteiro por causa disso? Ok, se um parente próximo morre ou o amor da sua vida resolve que não quer mais olhar na sua cara, não dá mesmo pra ir dormir feliz. Acontece que o quanto você fica abatido por causa dos contratempos é, sim, culpa sua.

Do mesmo jeito que acontecem coisas ruins todo dia, todo dia acontece coisa boa também. Um e-mail, telefonema ou carta inesperados. Aquele colega que tem uma boa história. Um dia de sol quando você vai passar a tarde inteira saracoteando de um lado para outro da cidade. Terminar um trabalho, fazer algo divertido para passar o tempo, conseguir divertir alguém… Há uma infinidade de itens para essa lista! (para duas listas do gênero, confira aqui e aqui.) E adivinha a quem cabe se satisfazer com essas coisas e buscar ainda mais? Yep, a você.

Chavão de psicólogo, né? Mas é verdade.

Tudo quanto é psicólogo, pseudo-psicólogo, livro de auto-ajuda e adjacências diz que isso de tristeza e felicidade é coisa da nossa cabeça e cabe a nós controlarmos isso. Se é pra jogar o psicologês, pessoas com locus de controle interno são mais felizes que as de locus de controle externo. E sim, eu sei que só paguei uma cadeira de psicologia, mas isso foi comprovado por uma pesquisa, apesar de não precisar estudá-la para saber que funciona. Simplesmente aqueles que assumem a responsabilidade pelo que acontece em sua vida são mais felizes do que quem acha que a culpa é do outro, do emprego, do curso que é ruim, que aconteceu porque “deus quis”. Se a culpa é de qualquer outra coisa, é do passarinho que sujou o carro novo da sua avó, mas não sua, como é que você vai poder tomar as rédeas, ver o que pode ser resolvido e prosseguir? Vai esperar que o passarinho vá lá com uma flanela. Que o namorado venha pedir desculpas porque passou o dia assistindo aquelas coisas chatas que você não suporta e que ele nem ao menos sabia que você não suportava, que sua mãe venha lhe dizer o que fazer com o prato estraçalhado, a comida no chão da cozinha e o corte na sua mão, daonde o sangue sai em borbotões. Ou que deus venha do céu com uma luz luminosa e diga que vai tirar todo o peso dos seus ombros para que você tenha uma vida feliz. Vai fazer seu filho tomar consciência, parar de encher a cara e estudar para o vestibular. Dream on. (E eu nem gosto de Aerosmith.)

É. Resolver as coisas por si só dá uma satisfação danada. Ou pelo menos saber que quem tem que fazer algo é você, pode até ir conversar sobre o problema com outra pessoa que, dependendo de quem for, ainda vai dar aquela clareada nas opções e tornar as coisas mais fáceis para você resolver.

Além daqueles que deixam tudo nas mãos dos outros, tem os que resolvem que vai se anular pela felicidade alheia. Sempre. Já não é mais um samaritano, é um mártir. E o que é que os mártires fazem, além de sofrer a vida toda? Eu não sei e não tenho vontade de descobrir. E sim, acho que devemos, de vez em quando, fazer algo por alguém. Não por todo mundo, que o vizinho da irmã do cunhado da sua tia que só é sua tia porque se casou com seu tio não precisa que justo você mova mundos e fundos por ele. Se é pra fazer por alguém, que seja alguém mais próximo. Até porque o tal vizinho lá dificilmente faria o mesmo por você e sua família e seus amigos sim, capicce? Tem gente que eu sugeri que se tornasse mais egoísta, que pensasse pelo menos um pouco em si, porque já tinham se esquecido de que eram pessoas com vontades e necessidades como todo o resto da população humana.

Além, claro, daqueles que acham que quando tiverem aquela quantidade x de coisas, aí sim vai ser feliz. Essas esquecem que quando tiverem aquilo, vão querer mais. Quando comprarem o primeiro apartamento quarto-e-sala vão sentir saudades do conforto da casa dos pais e vão querer mais espaço. Um lugar com escritório, quarto de hóspedes, umas plantinhas. Depois um jardim, um quintal, uma piscina, 5 cachorros e 13 gatos. Vão casar, aí vão querer ter filhos. Pode ser que não, mas se quiserem e tiverem filhos, vão querer dar o melhor pra eles, vão querer boas escolas, boas notas, curso de inglês, aula de natação, boa faculdade, bom emprego, netinhos para mimar, vão querer que sejam pessoas responsáveis, educadas, conscientes… Vai dizer que termina um dia?

Eu gosto muito da metáfora de que a vida é uma estrada. E tem gente que acha que só vai ser feliz quando chegar ao fim dela. Como assim? Vai esperar morrer? Porque é o que acontece quando chegamos ao fim e depois disso não tem mais nada. A tal estrada é cheia de curvas, múltiplos caminhos a serem escolhidos, cruzamento com outras estradas… Se o passeio não for divertido, estamos lascados! Imagina aí 72 anos (a longevidade média do brasileiro) sofrendo na vida?

Eu escrevi esse post pra servir de puxão de orelha. Não exatamente para quem veio falar comigo a respeito, porque as orelhas que precisavam ser puxadas estão devidamente vermelhas e ligeiramente inchadas. Talvez para mim mesma, num momento futuro, quando eu começar a me deixar abater por qualquer coisinha à-toa que venha a acontecer. Como o período de aulas deve recomeçar dentro de pouco tempo, acredito que não vá demorar até que eu precise ler esse post.

** Coloquei a letra de “Dream on” só porque falei de Aerosmith. O que eu quis dizer foi “vai sonhando”.

FELICIDADE REALISTA

A princípio, bastaria ter saúde, dinheiro e amor, o que já é um pacote louvável, mas nossos desejos são ainda mais complexos.

Não basta que a gente esteja sem febre: queremos, além de saúde, ser magérrimos, sarados, irresistíveis.

Dinheiro? Não basta termos para pagar o aluguel, a comida e o cinema: queremos a piscina olímpica e uma temporada num spa cinco estrelas.

E quanto ao amor? Ah, o amor... não basta termos alguém com quem podemos conversar, dividir uma pizza e fazer sexo de vez em quando. Isso é pensar pequeno: queremos AMOR, todinho maiúsculo. Queremos estar visceralmente apaixonados, queremos ser surpreendidos por declarações e presentes inesperados, queremos jantar à luz de velas de segunda a domingo, queremos sexo selvagem e diário, queremos ser felizes assim e não de outro jeito. É o que dá ver tanta televisão.

Simplesmente esquecemos de tentar ser felizes de uma forma mais realista. Ter um parceiro constante pode ou não ser sinônimo de felicidade. Você pode ser feliz solteiro, feliz com uns romances ocasionais, feliz com um parceiro, feliz sem nenhum. Não existe amor minúsculo, principalmente quando se trata de amor-próprio.

Dinheiro é uma benção. Quem tem precisa aproveitá-lo, gastá-lo, usufruí-lo. Não perder tempo, juntando, juntando, juntando. Apenas o suficiente para se sentir seguro, mas não aprisionado. E se a gente tem pouco, é com este pouco que vai tentar segurar a onda, buscando coisas que saiam de graça, como um pouco de humor, um pouco de fé e um pouco de criatividade.

Ser feliz de uma forma realista é fazer o possível e aceitar o improvável. Fazer exercícios sem almejar passarelas, trabalhar sem almejar o estrelato, amar sem almejar o eterno.

Olhe para o relógio: hora de acordar. É importante pensar-se ao extremo, buscar lá dentro o que nos mobiliza, instiga e conduz, mas sem exigir-se desumanamente.

A vida não é um jogo onde só quem testa seus limites é que leva o prêmio. Não sejamos vítimas ingênuas desta tal competitividade.

Se a meta está alta demais, reduza-a. Se você não está de acordo com as regras, demita-se. Invente seu próprio jogo. Faça o que for necessário para ser feliz.

Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade. Ela transmite paz e não sentimentos fortes, que nos atormenta e provoca inquietude no nosso coração. Isso pode ser alegria, paixão, entusiasmo, mas não felicidade.

[Mário Quintana]

Arnaldo Jabor - A dificil missão de Dilma Rousseff

Arnaldo Jabor - O Estado de S.Paulo

"Dilma faz isso, Dilma faz aquilo... Dilma, corta o cabelo! Dilma se maquia mais rosadinha! Dilma você está sem emoção, tem de passar mais verdade... Dilma, seu sorriso não está sincero... Dilma isso, Dilma aquilo..."
(Coitada da pobre senhora que, canhestramente, segue as ordens do patrão e dos petistas que a usam para ficar eternamente em seus buraquinhos ou para realizar o que seria a torta caricatura de um vago socialismo, que não passa de uma reles aliança com a banda podre do PMDB.)

"Dilma, não fale nada de novo sobre aborto que você já deu uma entrevista na TV e agora não adianta desmentir. Dilma, ajoelha, isso, sei que está cansada, mas ajoelha e faz cara de religiosa devota de Nossa Senhora Aparecida; Dilma, eu sei que você é ateia, que para você a religião é o ópio do povo, mas, dane-se, ajoelha e reza, mas não fica com a cara muito em êxtase feito uma madre Teresa de Calcutá, não, que eles desconfiam. Dilma, levanta e vai confessar e comungar, mas não conte tudo ao padre, não, porque esses padres de hoje não são confiáveis e podem fazer panfletos. Dilma isso, Dilma aquilo!... Sei que foi duro para você, bichinha, ser preterida pela Marina, tão magrinha, uma top model do seringal , sabemos de tudo que você tem sofrido, mas você é uma revolucionária e tem de aguentar as intempéries para garantir os empregos de tantos militantes que invadiram esse Estado burguês para "revolucionar" por dentro. Viu, Dilma? Feito ensinou aquele cara italiano, que os comunas vivem falando, o tal de Gramsci... só que nosso Gramsci é o Dirceu.... ah ah... Você tem de esquentar minha cadeira ate 2014, pois você acha que vou ficar de pijama em São Bernardo?"
Aí, chegam os marqueteiros, escondendo sua depressão, pois o segundo turno não estava em seus planos de tomada do poder:
"Dilma, companheira, esculacha bem o FHC e o Serra , pois você pode inventar os números que quiser, porque ninguém confere. Diz aí que nós tiramos 28 milhões de brasileiros da miséria! Claro que é mentira, pô, mas diz e esconde que foi o governo do FHC que inventou o Bolsa Família e negue com todas as forças se disserem que o Plano Real tirou 30 milhões da faixa de pobreza, quando acabou com a inflação. Esqueça no fundo de tua mente que a inflação só ameaçou o Plano Real quando Lula barbudo ia vencer... Mas, quando o Duda escreveu a cartinha do Lulinha "paz e amor", a inflação voltou ao normal.

Dilma, você tem de negar em todos os debates que o PT tentou impedir o Plano Real no STF, assim como não assinou a Constituição de 88 para não compactuar com o "Estado burguês"; todos têm de esquecer que fomos contra a Lei de Responsabilidade Fiscal, que demos força a todos os ladrões que pudemos para manter as alianças para nosso poder eterno, pois as ordens do companheiro Dirceu ("sim, doutor Dirceu, como está? Estamos ensinando aqui à dona Dilma suas recomendações...") eram: atacar tudo do governo FHC, mesmo as coisas inegavelmente boas. Dilma, afirme com fé e indignação que as "privatizações roubaram o patrimônio do povo", mesmo sabendo que a Vale, por exemplo, quando foi privatizada em 97 valia 8 bilhões de reais e que hoje vale 273 bilhões, que seu lucro era de 756 milhões e que agora é de 10 bilhões, que seus empregados eram 11 mil e que agora emprega 40.000. Mesmo sabendo que a Embraer entregava 4 jatos em 97 e que agora entrega 227, que a telefonia não existia na Telebrás e que agora quase todos os brasileiros têm celular. Não podemos divulgar, mas a telefonia privatizada aumentou o número de telefones em 2.500 por cento... Isso. Mas, não diga nada... Pode citar número quanto quiser que ninguém confere... diga que os municípios têm saneamento básico, quando metade deles não tem esgoto nem água tratada, depois de nossos oito anos no poder... Pode dizer o que quiser. Viu o belo exemplo do Gabrielli, que ousou dizer que o FHC queria que a Petrobras morresse de inanição e que o Zylberstajn era a favor da privatização do pré-sal"? Ninguém contesta, mesmo sendo publicado o que FHC escreveu na época, dizendo que "nunca privatizaria a Petrobras". Diga sempre que a culpa é das "elite", que o povão do Bolsa acredita... Dilma, faz isso, faz aquilo... Dilma, sobe no palanque, desce do palanque..."

(Eu acho que Dilma é uma vítima. Uma "tarefeira" do narcisismo de Lula. Agora que Dilma não tem mais certeza de que vai vencer, seu semblante é repassado por uma vaga inquietude. Gente autoritária odeia dúvidas, porque a dúvida não é "de esquerda"; a dúvida é coisa de pequenos burgueses - como dizia Marx: "Pequeno burguês é a contradição encarnada." Lula também odeia dúvidas...Ele fica retumbante quando vitorioso, mas sua cara muda com fracassos. Lembram do seu pior momento, quando explodiu o mensalão?

Agora Lula está deprimido de novo, o PMDB está angustiado, querendo trair, como mostra a cara do candidato a vice-presidente, o mordomo inglês de filme de terror... Lula teme a derrota, como se caísse de volta na linha de pobreza que ele diz que interrompeu. Talvez no fundo, Dilma tema a própria vitória, porque terá de aguentar o PMDB exigindo coisas, Força Sindical, CUT, ladrões absolvidos, renunciados, cassados, novos corruptos no poder, novas Erenices, terá de receber ordens do comissário do povo Dirceu, terá de beijar e gostar do Sarney, Renan, Collor, seus aliados. Vai ter de beijar com delícia o Armadinejad, o beiçudo leão de chácara Chávez, o cocaleiro Evo, com o MST enfiando bonés em sua cabeça, vai ter de aturar as roubalheiras revolucionárias dos fundos de pensão que já mandaram para o Exterior bilhões em contas secretas.

Coitada da Dilma - sendo empurrada com a resignação militante, para cumprir ordens, tarefas, como os militantes rasos que pichavam muros ou distribuíam panfletos. Dilma às vezes dá a impressão de que não quer governar... Ela quer sossego, mas não deixam...
Como é que fazem isso com uma senhora?